segunda-feira, 2 de maio de 2011

VLT é mais bonito, mas é um gasto desnecessário, diz Taques


Via RD NEWS

Laura Nabuco

Pedro Taques      Depois de Blairo Maggi (PR), é a vez do senador Pedro Taques (PDT) sair em defesa do BRT como novo modelo de transporte coletivo para Cuiabá e Várzea Grande. Para o pedetista, o VLT proposto pelo presidente da Assembleia, deputado José Riva (PP), é um desperdício de dinheiro, pois não há a demanda de passageiros necessária nas duas cidades. "É lógico que o VLT é mais bonito, mas é um gasto desnecessário", pontua.
     Taques adianta que, enquanto senador, não pode intervir na escolha do Estado, mas afirma que vai se manifestar caso o Paiaguás decida deixar o BRT de lado. O modelo foi a primeira proposta apresentada quando Cuiabá foi escolhida uma das 12 cidade-sedes da Copa de 2014, em maio de 2009. Porém, a partir deste ano, passou a ser contestado, principalmente pelo presidente da Assembleia, José Riva (PP).
     O progressista alega que o sistema é defasado porque, ao contrário do VLT, os veículos têm capacidade limitada de passageiros. Enquanto o BRT funciona com ônibus articulados, o VLT é uma espécie de trem que pode acoplar mais vagões conforme a quantidade de pessoas a serem transportadas.
     O argumento de Riva é rebatido por Taques. "Pelo que venho estudando o BRT é o melhor devido à quantidade de pessoas que saem dos bairros em direção ao centro", explica. A mesma tese já havia sido defendida pelo ex-presidente interino e diretor de Planejamento da Agecopa, Yênes Magalhães. Ele afirmava que, mesmo sendo mais moderno, o VLT não poderia ser escolhido porque o fluxo de passageiros não seria suficiente para bancar os custos da implantação. O valor acabaria sendo transferido para as tarifas, que ficariam ainda mais caras do que o valor atual.
     A preocupação com o bolso também é o motivo pelo qual Maggi defende o BRT. O projeto está pronto, foi entregue à Caixa Econômica Federal e já conta com financiamento assegurado pelo Ministério das Cidades. Para o republicano, abandoná-lo e começar outro "do zero" significaria um atraso no andamento das obras, que até agora sequer foram iniciadas, além de ser prejudicial financeiramente ao Estado, que teria que arcar novamente com a elaboração dos estudos de implantação.
     Para colocar um ponto final na polêmica, o governador Silval Barbosa (PMDB), o presidente da Agecopa, Eder Moraes, e Riva viajaram para a Europa na última quinta (28). Eles vão conhecer como funciona o transporte coletivo de Portugual, que utiliza o VLT, e definir qual dos dois modelos deve ser implantado em Cuiabá e Várzea Grande. O retorno está agendado para esta segunda (2), mas Silval não estipulou prazo para anunciar o sistema escolhido. A tendência é que antes haja uma audiência pública sobre o tema.

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